HISTÓRIAS DA POLÍTICA-PARTE III

A PALAVRA 'FANTOCHE' CONTINUA INCOMODANDO.

O prefeito Everton Banha, quando perguntado sobre a escolha dos secretários, sempre saía pela tangente. Afirmava que era muito cedo e que os escolhidos poderiam ser ‘queimados’ pela opinião pública. Falávamos da necessidade de um anterior planejamento estratégico e a instalação de um grupo para fazer a transição. Entrava por um ouvido e saia pelo outro. Eu e Paulo Medeiros, então, começamos a ter certeza que não mais seríamos ouvidos. A escolha seria pessoal ou em parceria com seu grupo. Lembram-se do medo de ser ‘fantoche’? A cada dia aumentava e atormentava a cabeça do novo prefeito. Pensa num medo!!!! A mosca azul da vaidade extrema e do súbito poder tinha picado o prefeito e seríamos chamados apenas para referendar sua decisão. Não deu outra. No final do ano passado o prefeito me chamou para uma conversa na sede da cooperativa dos madeireiros, quando começou a delinear suas ideias e firmar posições. Disse que não queria que sua esposa Daniela Cristoffoletti fosse secretária de Assistência Social, mas não conseguiu convencê-la a desistir do cargo. Confirmou a SEMAGRI - Secretaria de Agricultura para o DEM e me convidou para a Secretaria de Administração. Disse que não era pelo partido e sim para minha pessoa. Queria que fosse eu. Falou, ainda, que não mais criaria a secretaria de Administração e Finanças, conforme tínhamos conversado. Informou que, apesar da pouca experiência, iria colocar sua cunhada, Lea Cristoffoletti, na tesouraria municipal. Ela precisava do emprego e assim fugiria do nepotismo. Pediu que eu a ajudasse e que ela se reportaria a mim. Falei que não iria dar certo. Ele disse vamos tentar. Não deu certo!! Perguntei pela secretaria de Esportes e ele afirmou que daria para Diva Cássia do PT - Partido dos Trabalhadores. Perguntei se a SEMED - Secretaria de Educação ficaria mesmo com o PT, pois a professora Sula seria uma boa indicação. A resposta foi não. Argumentei que precisávamos de apoio politico para buscar mais recursos. A resposta continuou sendo não, alegando que o MEC mandava dinheiro para todas as Prefeituras independente de partidos. E a professora Sula ele não aceitava porque ela não quis gravar um programa eleitoral na sua campanha. E ponto final. A Sula estava vetada. Depois soube que ele tinha escolhido a professora Rosângela Pontes porque ela não tinha vinculação partidária, apesar de parte de sua família ter feito campanha para o 15. Depois eu conto mais.....